Amor, o vínculo da perfeição (Anderson Valim)

O Apóstolo Paulo, apesar de não ter andado fisicamente com Jesus, traduziu muito bem os ensinamentos a respeito do relacionamento humano. No período em que os mandamentos partiam dos ensinamentos do legislador Moisés, toda atitude, negativa ou positiva, tinha que estar bem explicada, como as ordens de não matar, não roubar e não adulterar (Êxodo 20) – a Lei. Porém, Jesus nos fez pensar a respeito de nossas atitudes e resumiu os mandamentos em apenas dois, duas atitudes que abrangem toda a Lei e os profetas (Mateus 22:37-40) e que nos levariam a viver eternamente: “Amar a Deus acima de todas as coisas e amar o próximo com a si mesmo (Marcos 12:30)”. Essas duas atitudes foram bem absorvidas por Paulo e estão explicitadas, em sua essência, nas cartas que escreveu. Em Colossensses (3:1-25) Paulo nos dá uma sequência de instruções claras que nos remetem a uma vida que vai além da nossa vida terrena. Paulo nos diz que “as coisas que são de cima” e, juntamente, nosso relacionamento com Deus, devem ser nossa prioridade e que durante nossa vida terrena devemos nos afastar de atitudes da carne, que desagradam a Deus como: “a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria”. Após denominar diversas atitudes que são características do velho homem, Paulo fala sobre o relacionamento com o próximo, possíveis queixas, perdão e ensina que sobre todas essas atitudes deve permanecer o vínculo da perfeição que é o amor – amor que vem de Deus, porque Ele é amor (I João 1:8)! 

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha (...)” O amor consegue superar qualquer obstáculo, por isso é o vínculo da perfeição (Não somos perfeitos, mas o que nos une é!). O amor verdadeiro vem de Deus “porque ele nos amou primeiro (I João 4 : 19)” e se não estivermos nesse amor não somos diferentes dos pecadores que não incluem o amor de Deus em seus relacionamentos, portanto, quando estamos em Deus o amor se torna o vínculo perfeito, a engrenagem de nossos relacionamentos.

“E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo (Lucas 6:32-33)”. O objetivo do Congresso Jovem de 2010, é trazer à discussão a base de todo o evangelho, que muitas vezes é esquecida em meio a nossa rotina e postura religiosa, em meio aos preconceitos que formulamos para nos proteger, em meio ao cotidiano que nos faz esquecer os ímpios e nos coloca em posição superior a eles. Ser cristão é viver e expressar o amor de Deus, que é o vínculo da perfeição.

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